I. Fórum de Reflexão 

Proposta de trabalho:
Serve este fórum para refletir em torno duma procura de relacionar o potencial pedagógico de diferentes habitats/comunidades.
- Pesquise/crie uma imagem ou vídeo associados a uma das comunidades tratadas neste Tema (de Inquiri
ção, de Aprendizagem ou de Prática).
- Publique a imagem/vídeo [sem ser em anexo] selecionado por si acompanhado por um comentário que justifique a sua escolha [até 15 linhas], atendendo às principais características espelhadas nos Recursos disponibilizados 


Aprendizagem colaborativa

Criando no Canva Ia através dos conceitos “aprender em grupo”, “colaborativamente” e “online”.
Criando no Canva Ia através dos conceitos “aprender em grupo”, “colaborativamente” e “online”.

A sociedade tem sofrido mudanças significativas. Vivemos com transformações sociais, económicas, culturais, tecnológicas nas quais o acesso ao conhecimento tem sido, cada vez mais, relevante para um melhor desempenho profissional. Passamos de uma sociedade de informação para uma sociedade do conhecimento que avança à velocidade dos avanços das tecnologias digitais e da comunicação (TIC). Neste contexto, é preciso prepararmo-nos para esta nova realidade. Assim, o desenvolvimento do pensamento crítico e criativo no ensino é, cada vez mais, um requisito pois através da educação e do ensino é possível preparar cidadão capazes de responder às solicitações de uma sociedade cada vez mais complexa.

Na perspetiva de Dillembourg, a aprendizagem é uma situação em que duas ou mais indivíduos aprendem ou tentam aprender algo juntos. Também Hiltz (1998) refere que as estratégias colaborativas de aprendizagem são premissas que conduzem à aquisição de conhecimentos e consequentemente ao sucesso dos estudantes.

A imagem mostra-nos um ambiente onde todos aprendem ou tentam fazê-lo, em conjunto, numa perspetiva de partilha, reflexão e colaboração entre os intervenientes, através da qual se promove a aprendizagem. Neste contexto, o trabalho colaborativo é um meio de partilha, de confronto de ideias, de reflexão de significados de reformulação do conhecimento e apresenta-se enquanto caminho para uma aprendizagem onde se desenvolvem competências de pensamento crítico e criativo.

Nesse sentido, a introdução e o uso de ferramentas tecnológicas "nas práticas pedagógicas tendem a tornar o processo de aprendizagem mais colaborativo e interativo e a ampliar a relação que os professores e os alunos mantêm com o conhecimento" (Aires & Ern, 2002, citados por Torres & Amaral, 2011, p.53).


Referências bibliográficas:

Torres, T. Z. Amaral, S.F.(2011). Aprendizagem Colaborativa e Web 2.0: proposta de modelo de organização de conteúdos interativos. Educação Temática Digital. 12. (março). 49-72.

https://educa.fcc.org.br/pdf/etd/v12n03/v12n03a06.pdf


Palavras-chave: Aprendizagem Colaborativa, Educação, Tecnologias De Informação E Comunicação

Publicado em 9/novembro/2024


II. Comentários a intervenções de colegas


CoI - A presença de ensino e a facilitação de discurso, por INES DE SOUSA SANTOS

Ao longo do processo de criação de uma presença de ensino significativa, o professor desempenha três papeis fundamentais, nomeadamente o desenho e organização, a instrução direta e a facilitação de discurso. Este último refere-se à capacidade de promoção e regulação das interações entre os sujeitos, garantindo uma construção de conhecimento sólida e uma compreensão global das temáticas. Posto isto, vários estudos sugerem a aprendizagem colaborativa assente na interação entre pares demonstra-se mais eficaz do que a argumentação individual, as interações desempenham um papel fundamental enquanto instrumento de produção de conhecimento.

Para que isto decorra sem constrangimentos, destaca-se o papel do professor no desenvolvimento raciocínio perante os temas abordados, garantindo a sua base científica de modo que se torne mais crítico, contextualizado e construtivo, tendo em conta variáveis como os materiais de suporte, o tipo de tarefa organizada pelo professor e o objetivo. Os professores definem-se, então, como "os principais instrumentos de apoio ou agentes de facilitação de várias técnicas de apoio que auxiliam os estudantes nas suas atividades argumentativas" (Rapanta, 2016, p. 47), desempenhando tarefas como encorajar, articular e escutar ativamente o discurso dos alunos, envolvendo-os na avaliação do seu próprio pensamento e dos restantes pares: "as responsabilidades do formador são facilitar a reflexão e o discurso, através da apresentação de conteúdo, usando vários meios de avaliação e de retorno". (Losso & Borges, 2019, p. 80) De ressalvar ainda a importância do fornecimento de feedback aos alunos, permitindo que as suas questões sejam ouvidas e que exista uma conversa exploratória, sem intervenção e acima de tudo centrada no aluno

Posto isto conseguimos afirmar que o papel do professor enquanto facilitador de discurso numa presença de ensino significativa torna-se complexa e integrada em todo o processo de ensino-aprendizagem, surgindo aqui como um mediador teórico, de discurso e condutor de todo o processo, permitindo, no entanto, que exista construção de novas aprendizagens e estimulando toda a questão colaborativa entre os alunos.


Comentário ao texto 

As tecnologias digitais modificaram as nossas vidas. A forma de ensinar e de aprender e a internet provocaram transformações na educação.
Autores como Randy Garrison, Terry Anderson & Walter Archer (2000), defendem que o maior desafio para o professor prende-se, por um lado, com a facilitação do discurso que ocorre a partir do contacto frequente entre alunos e professor e, por outro lado, com a cooperação mútua que visa o desenvolvimento das capacidades não só individualmente, mas também do grupo.
Assim, para haja eficácia do ensino online é importante que o professor não seja um mero facilitador. Ele deve assumir um papel de fornecer fontes de informação, proporcionar discussões e reflexões para promover as aprendizagens e a evolução dos estudantes, pois a progressão dos alunos depende da atitude do professor. E, quando a aprendizagem online não é eficaz poderá ser porque não houve uma presença de ensino eficiente, com liderança equilibrada da parte do professor e numa direção apropriada.
É neste sentido que, Randy Garrison, Terry Anderson & Walter Archer (2000) defendem um modelo que procura explorar formas de atuação do professor para que este consiga concretizar a sua tarefa no ensino - o Modelo da Comunidade de Inquirição. Neste modelo, são ainda referidas outras duas funções fundamentais do professor - desenho e organização e instrução direta – que, em conjunto com a função de facilitador do discurso, e interagindo entre si, se influenciam mutuamente e constroem o processo de aprendizagem e desenvolvimento pessoal dos aprendentes.

Publicado em 9/novembro/2024


Comunidade de Aprendizagem; Web 2.0 e e-Learning 2.0, por  ZULMIRA MARIA CARDOSO FERREIRA FINO  

Não podemos falar de comunidade de aprendizagem sem a enquadrar nos conceitos e Web2.0 e e-Learning 2.0. 

O conceito de e-Learning 2.0 refere-se a uma abordagem de aprendizagem digital que utiliza as ferramentas e os princípios da Web 2.0 para criar experiências educativas mais interativas, colaborativas e centradas no aluno. Em contraste com o e-Learning tradicional.

Tim O'Reilly, conhecido como o "pai" do termo Web 2.0, popularizou este conceito quando descreveu a Web 2.0 como uma plataforma que permite aos utilizadores criar, colaborar e partilhar conteúdos de forma dinâmica, promovendo uma Internet mais interativa o que aumenta o seu valor e a relevância. O'Reilly, T. (2005). Já Stephen Downes aborda o conceito de e-Learning 2.0 no seu artigo intitulado "E-learning 2.0", publicado em 2005. Neste artigo, Downes discute como as ferramentas e os princípios da Web 2.0 transformam o e-Learning, promovendo uma aprendizagem mais interativa e colaborativa. Downes, S (2005).
A Comunidade de Aprendizagem centra a atividade nas potencialidades da comunicação, interação e colaboração tirando partido das ferramentas e os princípios da Web 2.0 bem como dos conceitos associados ao e-Learning 2.0.
O salto qualitativo destes princípios permite uma abordagem em que as tomadas de decisão pedagógicas e estratégicas promovem o diálogo, o debate, o pensamento coletivo, o trabalho em equipa bem como a interação colaborativa proporcionando ganhos a nível social, afetivo e cognitivo e favorecendo uma construção partilhada de conhecimento. O indivíduo e a comunicação estão no centro da ação, mantendo o enfoque nos objetivos da aprendizagem, a par com a aprendizagem colaborativa entre pares e com o feedback fornecido pelo professor. A comunidade (do termo communitate) é um grupo de indivíduos que compartilham algo, neste caso a aprendizagem.


Comentário ao texto 

A globalização e o crescimento acelerado da internet contribuem para um ensino à distância próximo. O ensino à distância (E@D) originou a necessidade de encontrar respostas pedagógicas e adequadas à nova realidade deste ensino e iniciou-se a discussão das práticas.
Autores como Hiltz (1998) defendem ainda que, as estratégias colaborativas de aprendizagens são premissas que conduzem à aquisição de conhecimentos e consequentemente ao sucesso significativo dos aprendentes. Também autores como Harasim, Garrison ou Mason & Kaye vêem na comunicação mediada por computador e no ensino online, o potencial para a criação de uma comunidade de aprendizagem que promova o diálogo, a reflexão e o pensamento coletivo com benefícios a vários níveis - social, afetivo, cognitivo - promovendo a construção do pensamento de forma partilhada.
A meu ver, a imagem mostra-nos um ambiente onde todos aprendem ou tentam fazê-lo em conjunto. Neste ambiente, em que há um objetivo comum – a aprendizagem - a colaboração de todos é o motor para a construção do conhecimento. Assim, o trabalho colaborativo enquanto forma de partilha e confronto de ideias, baseado no feedback, em momentos de interação e de reflexão para restruturação de pensamentos e conceitos, é sem dúvida um meio de promoção de aprendizagem.

Publicado em 9/novembro/2024


III. Glossário colaborativo

Proposta de trabalho:
- Considerando os Recursos disponibilizados neste Tema, apresente no glossário um dos conceitos que lhe tivesse despertado maior interesse.
- Associe a esse termo um elemento complementar (imagem, vídeo ou link).
https://faroseducacional.com.br/blog/a-importancia-da-interatividade-do-ead/
https://faroseducacional.com.br/blog/a-importancia-da-interatividade-do-ead/

Facilitação do discurso é um conceito associado a uma das três funções fundamentais do professor relacionado "com a promoção, o suporte e a regulação das interações (…) assegurando a construção de significado e a compreensão mútua" (Garrison et al, 2003), através do contacto frequente com os alunos enquanto especialista que pretende a aprendizagem efetiva dos seus aprendentes para que sejam alcançados resultados significativos a nível pessoal dos estudantes.

As tecnologias digitais modificaram as nossas vidas. A forma de ensinar e de aprender e a internet provocaram transformações na educação. Assim, no contexto escolar surgiu o Modelo da Comunidade de Inquirição, defendido inicialmente por Randy Garrison, Terry Anderson & Walter Archer (2000) e mais tarde desenvolvido por Garrison et Anderson (2003). Estes autores defendem um modelo que procura explorar formas de atuação do professor de forma a que este consiga concretizar a sua tarefa no ensino. Assim, a par do conceito facilitação do discurso são ainda mencionados outras duas funções fundamentais do professor - desenho e organização e instrução direta - que interagindo entre si e influenciando-se mutuamente, constroem um processo aprendizagem e desenvolvimento pessoal.

Todavia, segundo estes autores o maior desafio para o professor prende-se com a Facilitação do discurso, pois esta ocorre a partir do contacto frequente entre alunos e professor e a cooperação mútua visa o desenvolvimento das capacidades do grupo e individual.

Assim, para a eficácia do ensino online, é importante que o professor não seja um mero facilitador. Ele deve assumir um papel de fornecer fontes de informação, proporcionar discussões e reflexões para promover as aprendizagens e a evolução dos estudantes, pois a progressão dos alunos depende da atitude do professor. E, quando a aprendizagem online não é eficaz poderá ser porque não houve uma presença de ensino eficiente, com liderança equilibrada da parte do professor e numa direção apropriada.


Referência bibliográfica:

Garrison, Randy & Anderson, Terry (2003). E-Learning in the 21st Century: A Framework for Research and Practice. London & New York: RoutledgeFalmer.

https://josemota.pt/aprendernarede/parte2/capitulo3/3-2-a-aprendizagem-colaborativa/3-2-3-o-modelo-da-comunidade-de-inquiricao


Palavras-chave: Facilitação do discurso, e-learning, Comunidade de Inquirição, comunicação colaborativa 

Publicado em 9/novembro/2024

Ana Silvestre; Miguel Domingos; Suzana Vicente; Zulmira Fino
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