Reflexão Final
Segundo, Graça, V. et al (2021), "os habitats digitais incluem espaços e ligações assentes nas tecnologias digitais e na aprendizagem da comunidade, criando-se espaços digitais de aprendizagem colaborativa que ajudem os alunos a adquirir, organizar, distribuir e comunicar informação."
E foi o que esta Unidade Curricular – Habitats Digitais: Potencial Pedagógico, para mim significou. Foi um espaço digital totalmente assente nas tecnologias, que me permitiu em comunidade (turma), realizar aprendizagens colaborativas adquirindo, organizando, distribuindo e comunicando informação.
Devo dizer que esta unidade curricular, permitiu-me uma reflexão mais profunda sobre os diversos temas abordados.
Iniciámos esta unidade curricular com o tema 1, que nos levou a refletir de forma sustentada sobre as diversas conceções de ensino que as TIC nos permitem desenvolver em diversos contextos, garantindo um processo de ensino-aprendizagem, sendo estes o e-learning, o b-learning e Ensino Remoto Emergencial.
Decorrente dos diversos constrangimentos registados aquando da Pandemia Covid-19, ao nível da educação, na implementação do Ensino Remoto Emergencial, foram afinadas estratégias conjuntas a nível europeu de forma tentar colmatar a falta de equidade.
O tema 2 conduziu-nos então, a uma análise e reflexiva dos diferentes Referenciais Enquadradores da Dimensão Pedagógica, que refletem a visão atual do que se pretende para o ensino/formação dos alunos/cidadãos, preparando-os para os desafios de um mundo global onde as tecnologias são uma realidade constante. A definição de uma estratégia comum de ação, poderá minimizar as desigualdades constatadas anteriormente.
No tema 3 abordamos um conjunto de conceitos e a pertinência que a aprendizagem colaborativa tem no processo de ensino-aprendizagem, nas diferentes comunidades, de Inquirição; de Aprendizagem e de Prática. Ambas com a finalidade de construir significado e conhecimento de forma participada.
Na minha interpretação os três temas estavam interligados, aquando do contexto pandémico cada organização, agrupamento ou escola não agrupada, mediante a sua capacidade organizou-se e através da utilização das tecnologias digitais, levou aos seus alunos um modelo de ensino não presencial. Não houve equidade neste processo, porque nem todos disponhamos das mesmas ferramentas digitais, dos mesmos conhecimentos e competências nem tão pouco dos mesmos recursos tecnológicos. Por isso, ao nível europeu e nacional, foi necessário criar uma estratégia comum que nos prepare minimamente para o futuro. Toda esta conjuntura, fez-nos repensar nas diferentes formas de levar a educação e a aprendizagem aos alunos/cidadãos. Mudou todo o paradigma, atualmente para além do ensino presencial, existem outras formas tão validas quanto a presencial, de nos organizarmos em diferentes comunidades e que nos permite uma aprendizagem colaborativa com onde construímos significado e conhecimento de forma participada.
Relativamente aos recursos disponibilizados nesta UC e a sua organização dentro dos diferentes temas, os mesmos revelaram-se facilitadores de toda a aprendizagem. A diversidade de recursos, textos, imagens e vídeos favoreceram diferentes percursos para a aprendizagem. A estratégia de comentar as diferentes abordagens entre pares, constituiu uma forma muito interessante de construir conhecimento de forma cooperada.
Uma metodologia diversificada, assente na leitura de artigos, na observação de imagens alusivas aos temas e na visualização de vídeos relacionados com as temáticas em estudo que nos desafiavam à reflexão individual e a pares e à construção de mapas concetuais. Levou-nos a uma aprendizagem significativa, favorecida pelas interações entre pares.
Quanto ao papel do docente, este conduziu discretamente o processo de ensino-aprendizagem. Ajudou a (re)direcionar o foco, nas discussões, fomentando o sentido crítico. Foi um facilitador, nas relações entre os pares e na organização dos grupos. Mostrou sempre, uma postura flexível e de apoio face aos contratempos e inseguranças dos discentes.
A proposta de tarefa que mais me desafiou, foi a construção do mapa concetual sobre as comunidades de Inquirição; de Aprendizagem e de Prática. A tarefa exigiu a leitura de diversos artigos alusivos ao tema 3. De seguida, a construção individual de um mapa concetual, sobre uma das comunidades. Por fim, construímos um mapa concetual, com todas as comunidades. Para este trabalho, utilizámos também algumas tecnologias digitais, uma plataforma online de design gráfico (Canva) para a construção do mapa concetual e a plataforma (Zoom) para nos reunirmos.
Saliento, como constrangimento e dificuldade, equilibrar as responsabilidades da vida pessoal e profissional com o comprometimento que fiz comigo mesma, de dar o meu melhor para realizar cada uma das tarefas propostas, com empenho, rigor e seriedade exigidos. Quando decidi aceitar este desafio, já sabia que as exigências seriam imensas e que teria de ser bastante resiliente.