I. Fórum de Reflexão 


Proposta de trabalho:
Serve este fórum para refletir em torno do Tema 1 com particular atenção aos conceitos introdutórios que nele são tratados: E-learning, b-Learning e Ensino Remoto Emergencial / de Emergência.
- Depois de observar atentamente, escolha um dos Cartoons (1, 2, 3 ou 4) e comente no respetivo tópico.

 Transformação digital e mudança organizacional - Cartoon 3

Há cerca de quatro anos o mundo mudou repentinamente. Esta mudança e as suas exigências acordou-nos para uma transformação que exigiu e exige contínuas adaptações e transições. A pandemia trouxe um deslumbre de como é e será o ensino do futuro – o digital (Ali, 2020, citado por Fernandes, 2021, p.231). A par desta realidade colocaram-se novamente em questão os tradicionais modelos de formação dos alunos e dos professores e que, na realidade "não dão resposta às exigências da sociedade do conhecimento" (Deimann e Farrow, 2013, citados por Aires, 2016, p. 261), num mundo em constante evolução e a um ritmo alucinante (Aires, 2016).

Na educação, subitamente a "mediação digital tornou-se obrigatória e omnipresente", (Fernandes, 2021, p.220) e os docentes inesperadamente viram-se obrigados a se reinventarem. Todavia, embora se tenha verificado "um esforço coletivo de transformação imediata" (Fernandes, 2021, p.228) dos professores, o facto é que se assistiu a um modelo de ensino improvisado em que apenas se assegurou uma continuidade da atividade letiva - o Ensino Remoto de Emergência (ERT) (Hodges et al., 2020, citados por Fernandes, 2021, p.228) e em que, muitas vezes, não se respeitou a flexibilidade e os ritmos individuais dos alunos que o Ensino a Distância deve pressupor (Fernandes, 2021). Passou-se então, numa primeira fase, a questionar como gerir as modalidades de comunicação Assíncrona e Síncrona, "a produção de materiais e de percursos de aprendizagem e a gestão de plataformas no ensino" (Fernandes, 2021, p.228), num modelo pedagógico forçado que substituiu o modelo presencial, suportado por meios digitais, como refere Fernandes (2021).

Também Moreira et al., (2020) defendem que, muito embora o ERT tenha sido uma fase importante de transição para os professores pela sua capacidade de aprenderem a utilizar variados sistemas de videoconferência e plataformas de aprendizagens, estas tecnologias foram e continuar a ser utilizadas "numa perspetiva meramente instrumental, reduzindo as metodologias e as práticas a um ensino apenas transmissivo" (Moreira et al., 2020, p. 352).


Referências bibliográficas:

Aires, L. (2016). E-Learning, educação online e educação aberta: contributos para uma reflexão teórica. RIED, 19(1), 253-269.

Fernandes, J. (2021). Do Ensino a Distância ao Ensino Remoto de Emergência: Desafios da Terminologia Pós-Covid19. Polissema–Revista de Letras do ISCAP–(21).

Moreira, J., Henriques, S., Barros, D. (2020).Transitando de um ensino remoto emergencial para uma educação digital em rede, em tempos de pandemia. Dialogia, n. 34 (jan./abr), 351-364. https://doi.org/10.5585/Dialogia.N34.17123

Publicado em 6/novembro/2024

Reformulado em 9/novembro/2024



II. Comentários a intervenções de colegas


A Transformação da Aldeia Global - Cartoon 2, por VITOR MANUEL MACHADO DAVID

Aquando do início da pandemia da Covid-19 os ambientes organizacionais e educacionais estavam formatados para uma estrutura sólida e consolidada ao longo de muitas décadas que parecia incontornável e a "anos-luz" de qualquer tipo de transformação profunda.

O isolamento e a quarentena social, que obrigaram ao afastamento e ao encerramento dos espaços físicos, vieram abalar esta estrutura inveterada, obrigando-a apressadamente a reinventar-se de forma emergente e inesperada.
Um dos modelos que se erguer neste contexto é o descrito por Fernandes (2021), o modelo ERT (Ensino Remoto de Emergência), surge pelo carácter emergente de dar continuidade aos programas pedagógicos e curriculares da Educação e, desta forma, fazer face à impossibilidade de interação pedagógica física. Também Aires (2016) se refere aos diferentes modelos educativos à distância e no formato online, como o conceito de E-learning, Educação Online e Educação Aberta, dando-nos a perspetiva do início de uma era transformadora e transformativa, que por via das circunstâncias, levará à otimização das potencialidades do e-learning, b-learning e ERT, enquanto modelos estruturados, a partir de uma conceptualização rigorosa e aprimorada, que está neste momento em curso.
Assim, nos vários ambientes organizacionais e educativos, poderemos assistir, cada vez mais, ao aproveitamos destas ferramentas pedagógicas e de comunicação, que nos últimos anos têm sido alvo de uma evolução vertiginosa e que têm aberto novas portas para uma aldeia global ainda mais interativa e enriquecedora.


Comentário ao texto 

Segundo Fernandes (2021), o conceito Ensino Remoto de Emergência (ERT) criado por Hodges et al. (2020) consiste num ambiente virtual de aprendizagem improvisado, omnipresente e baseado num modelo pedagógico. Na pandemia e face à situação de emergência exigida, o ERT foi um espaço educativo novo e temporário que procurava responder e assegurar temporariamente a continuidade das atividades letivas e responder às exigências mínimas no ensino.

Também na perspetiva de Moreira et al. (2020), o ERT foi somente o resultado da suspensão das atividades letivas presenciais, em todo o mundo, e que gerou a obrigatoriedade dos professores e alunos migrarem para a realidade online, que se limitou à transferência e transposição de metodologias e práticas pedagógicas típicas dos territórios físicos de aprendizagem.

Assim, se o ensino do futuro engloba a era digital, neste sentido é urgente a necessidade de transitar para uma educação digital de qualidade "que promovam ambientes de aprendizagem colaborativos e construtivistas nas plataformas escolhidas" (Moreira et al., 2020, p. 352).


Publicado em 6/novembro/2024

Reformulado em 9/novembro/2024


Evolução da transformação digital - Cartoon 4, por MARTA FILIPA PEREIRA DAS NEVES 

Devido às restrições impostas mundialmente pela pandemia da COVID 19 a história da educação sofreu uma evolução no campo digital.

Esta evolução é bem caraterizada neste cartoon que se apresenta como analogia à nossa própria evolução enquanto espécie. A necessidade crescente de "mais" e "melhor" com que nos deparamos com este estado evolutivo da era digital, remete-nos muitas vezes para a incompatibilidade do ritmo a que vivemos. Em cada momento dessa evolução o denominador comum apresenta-se como tendência crescente até aos dias de hoje.

Se por um lado esta evolução digital nos provoca estímulos, respostas rápidas, novas metodologias da educação..., por outro, o ritmo é assustadoramente exigente para quem quer acompanhar esta evolução.

Numa sociedade digital transitar para modelos pedagógicos com forte componente digital é parte do presente e do futuro Fernandes, J. (2021).


Comentário ao texto 

A pandemia acordou o mundo para uma transformação e exigiu contínuas adaptações e transições. Diariamente assistimos a um intenso e rápido crescimento da informação a nível global e o ritmo de evolução no que respeita à era digital é alucinante.

Este cartoon assemelha a evolução do homem e da era digital. Neste contexto, é necessário que a literacia digital faça parte da sociedade e que os sistemas educativos sejam capazes de responder na formação de futuros cidadãos.

Na educação, enquanto base da aprendizagem ao longo da vida, é urgente que se adoptem medidas capazes de acompanhar a mudança e que a flexibilidade seja entendida como meio de (re)organização do ensino (Houaiss, 2001, citando por Mill, 2014).

Com visão num futuro, o Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória (PASEO) afirma-se como referência para a organização do sistema educativo, no intuito de os estudantes desenvolverem competências indispensáveis na sociedade da informação e do conhecimento em que estamos inseridos, procurando responder às imprevisibilidades resultantes da evolução e da tecnologia.


Referências bibliográficas:

Despacho n.º 6478/2017, 26 de julho Ministério da Educação. Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Mill, D. (2014). Flexibilidade Educacional Na Cibercultura: Analisando Espaços, Tempos E Currículo Em Produções Científicas Da Área Educacional Ried. Revista Iberoamericana de Educación a Distancia.17(29). 97-126. https://www.redalyc.org/pdf/3314/331431248006.pdf

Publicado em 6/novembro/2024

Reformulado em 9/novembro/2024


III. Glossário colaborativo 


Conceitos Introdutórios 

Na abordagem à origem da palavra, flexibilidade entende-se como "a qualidade daquilo que é flexível, que se acomoda facilmente sem resistência" (Houaiss, 2001, citando por Mill, 2014, p.101).

Assim, a flexibilidade na educação pode ser entendida pelas possibilidades de (re)organização da educação. Deste modo, quando pensamos em flexibilidade é importante que se mobilize conceitos como: ensino, aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, organização, planeamento, eficiência e objetivos (Silva, 2004, citado por Mill, 2014).

Mill (2014) defende ainda que, o conceito flexibilidade na educação tem como base as categorias: espaço (flexibilidade espacial), tempo (flexibilidade temporal) e currículo (flexibilidade pedagógica) que se articulam entre si.

Também Fernandes (2021), volta a referir a importância da flexibilidade para atender aos ritmos individuais dos alunos, e salienta que deveria ter sido respeitada no Ensino Remoto de Emergência (ERT), um conceito criado por Hodges et al. (2020).

Segundo Ali (2020, citado por Fernandes, 2021) o termo da flexibilidade salienta a importância que a sociedade deverá ter no que respeita a sistemas educativos flexíveis e resilientes, em que a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) serão agentes de mudança para os modelos comunicacionais, numa sociedade digital em que a transição para modelos pedagógicos digitais, no presente e no futuro é inevitável.

Fonte da imagem: https://jornadaedu.com.br/tendencias-em-educacao/ferramentas-digitais/
Fonte da imagem: https://jornadaedu.com.br/tendencias-em-educacao/ferramentas-digitais/


Referências bibliográficas:

Fernandes, J. (2021). Do Ensino a Distância ao Ensino Remoto de Emergência: Desafios da Terminologia Pós-Covid19. Polissema–Revista de Letras do ISCAP–(21).

Mill, D. (2014). Flexibilidade Educacional Na Cibercultura: Analisando Espaços, Tempos E Currículo Em Produções Científicas Da Área Educacional Ried. Revista Iberoamericana de Educación a Distancia.17(29). 97-126. https://www.redalyc.org/pdf/3314/331431248006.pdf

Palavra(s) chave: flexibilidade na educação escolar, flexibilidade pedagógica, currículo 

 Publicado em 6/novembro/2024

Reformulado em 9/novembro/2024


Ana Silvestre; Miguel Domingos; Suzana Vicente; Zulmira Fino
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